Resposta:
O primeiro plástico sintético foi desenvolvido no início do século XX, e registrou um desenvolvimento acelerado a partir de 1920. Este material, relativamente novo se comparado a outros como o vidro e o papel, passou a estar presente em grande parte dos nossos utensílios.
Composição
O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo dos polímeros (moléculas muito grandes, com características especiais e variadas).
A palavra plástico tem origem grega e significa aquilo que pode ser moldado. Além disso, uma importante característica do plástico é manter a sua forma após a moldagem.
Tipos de Plásticos
Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc…
Eles são divididos em dois grupos de acordo com as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.
Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos. Ex: polipropileno, polietileno.
Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretem quando aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização através dos processos convencionais de reciclagem. Ex: poliuretano rígido.
Em alguns casos, estes materiais podem ser reciclados parcialmente através de moagem prévia e incorporação no material virgem em pequenas quantidades, como ocorre com os elastômeros (borracha).
Tipos
Aplicações
TERMOPLÁSTICOS
plástico
Plastivida, 1997 PET – (polietileno tereftalado)Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis, etc;saiba mais
plástico
Plastivida, 1997
PEAD – (polietileno de alta densidade)Embalagens para cosméticos, frascos de produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos, etc;
plástico
Plastivida, 1997 V ou PVC – (policloreto de vinila)Frascos de água mineral, tubos e conexões de encanamento, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos, etc.
plástico
Plastivida, 1997
PEBD – (polietileno de baixa densidade)Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos, etc;
plástico
Plastivida, 1997 PP – (poliproprileno)Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro);
plástico
Plastivida, 1997 PS – (poliestireno)Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;
plástico
Plastivida, 1997 OUTROSPlásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores;
TERMORRÍGIDOS
PU – Poliuretanos, EVA – Poliacetato de Etileno Vinil etc Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc.
PET
No Brasil, o uso das embalagens PET (politereftalato de etileno) está crescendo e substituindo embalagens como: latas de flandres, vidros, multilaminados (tipo “longa vida” ou “caixinha”) e até de outros plásticos. Hoje é comum observar o PET em garrafas de suco, refrigerantes, óleos vegetais, água mineral.
A matéria-prima do plástico
Os plásticos são polímeros produzidos a partir de processos petroquímicos. O PET é um deles, e foi desenvolvido em 1941 pelos químicos ingleses Whinfield e Dickson. Por ser um material inerte, leve, resistente e transparente, passou a ser utilizado na fabricação de embalagens de bebidas e alimentos no início da década de 1980. Em 1985 cerca de 500 mil toneladas de vasilhames já haviam sido produzidos, somente nos Estados Unidos.
plástico
Símbolo de indentificação do PET.
Processo de reciclagem do PET
Depois de coletadas por um sistema seletivo, as embalagens PET passam por uma triagem para separá-las por cor.
Para viabilizar o transporte para as fábricas recicladoras é necessário, em muitos casos, o enfardamento, utilizando prensas hidráulicas ou manuais.
O processo de reciclagem do PET se dá através de moagem e lavagem das embalagens, daí os polímeros são novamente transformados em grânulos, os chamados grãos ou pellets.
plástico
Os produtos da reciclagem do PET são muito variados. É possível fabricar desde fibra de poliéster para a confecção de roupas à produção de novas embalagens (exceto embalagens para a indústria alimentícia). Veja a tabela abaixo:
plástico
Fonte: ABIPET
Por que reciclar
Em sua maioria os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros devido a dificuldades de compactação e por sua baixa degradabilidade.
As embalagens plásticas lançadas indevidamente no ambiente contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática, além de causarem mau aspecto estético.
Existem hoje, no país, programas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras, empresas, universidades, condomínios, escolas, etc. Procure saber se alguma destas iniciativas está sendo implementada em sua região, lembrando ainda que o material separado também pode ser encaminhado para cooperativas e sucateiros.
Para saber mais sobre a reciclagem de Embalagens PET usadas, entre em contato com as seguintes entidades ou empresas:
RECIPET
Rua Humaitá, 965
CEP: 13 330-510 – Indaiatuba, SP
Tel.: (019) 375 6677
ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química
Rua Santo Antônio, 184 – 18o Andar
1314-900 – São Paulo, SP
Tel. (011) 3242 1144
ABIPET
Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens de PET
Rua Joaquim Floriano, 72 conj. 85
04534-000 – São Paulo, SP
(011) 3078-1688
Fontes:
Acervo Recicloteca
A Reciclagem de Plástico e o Meio Ambiente – Adilson Santiago Pires
Plastivida – www.plastivida.org.br
ABIPET – www.abipet.org.br
Reciclagem
Para facilitar a reciclagem dos diferentes tipos de plástico foram criados códigos numéricos e abreviações como apresentados no quadro acima. Muitos fabricantes já estão incluindo estes códigos em seus produtos.
RECICLAGEM ENERGÉTICA – O plástico é queimado liberando um calor muito forte (superior ao do carvão e próximo ao produzido pelo óleo combustível) que é aproveitado na forma de energia. Porém, esta prática resulta em emissão de CO 2, agravando ainda mais o efeito estufa e emissão de dioxinas, que são compostos altamente tóxicos.
RECICLAGEM QUÍMICA – O plástico sofre reações químicas e, portanto, se transforma em outro tipo de plástico que então poderá ser utilizado na indústria. Ex: reciclagem do PET para a produção de resina de poliéster, usada na fabricação de fibras para a confecção de roupas.
RECICLAGEM MECÂNICA – no Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa qualidade do produto. Os plásticos são submetidos a processos físicos (ex:polietileno, polipropileno).