Agora que vocês já planejaram tudo, é hora de por a mão na massa!
Com a campanha pronta, você precisa agora disseminar o que aprendeu.
Poste abaixo uma foto que demonstre como sua equipe executou a campanha, ou o link para um vídeo de vocês em ação. Se quiser, poste também um texto contando pra gente o que achou de fazer uma campanha.
Resposta:
Nossas atividades, no Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, iniciaram em março de 2015. Os educadores, em suas respectivas turmas, criaram momentos de apresentação e debate com as crianças sobre as questões ambientais atuais.
Os estudantes das séries finais foram direcionados a observar o descarte de lixo durante o recreio e se depararam com o desperdício de alimentos realizado pelas próprias crianças. Propusemos então, que fosse realizado um trabalho de monitoramento e pesagem dos itens descartados. Começaram a recolher os alimentos descartados ainda em condição de consumo e a pesá-los diariamente, como forma de apresentar para as demais crianças o quanto cada uma delas estava prejudicando o meio ambiente pela produção de lixo e pelo descaso com o alimento, tão necessário e tão difícil a todas as famílias. Ao final do monitoramento, foi realizado um momento de debate sobre o trabalho e resultados coletados. Estes resultados foram anexados no mural do Colégio para que todos tivessem acesso às informações obtidas.
Toda essa análise não poderia ficar circunscrita ao ambiente escolar. Com o objetivo de discutirmos com os estudantes a questão dos cuidados que devemos ter com o meio ambiente, mas especificamente o lixo, e que tudo e todos estão interligados e somos responsáveis pelos nossos atos, tratamos com eles sobre a poluição dos rios e canais do município. As crianças estavam sensibilizadas, então, receberam como tarefa em família, observar o Canal da Costa, antigo rio do município que deságua ao lado do 38º Batalhão de Infantaria e que percorre os bairros próximos à escola. As crianças trouxeram imagens para a sala de aula e relataram nas rodas de conversa o quanto ficaram surpresas com a quantidade de lixo jogada no Canal.
Aproveitando o ápice do desconforto gerado pela constatação das crianças, as professoras trouxeram como informação o descarte de óleo nos ralos das pias das residências, que também acaba chegando ao Canal da Costa e aos outros rios da cidade. Foi apresentado para as crianças a existência do projeto solidário Banco Verde Vida, desenvolvido pela comunidade de Ataíde, também em Vila Velha. As crianças, então, foram levadas a refletir que se uma comunidade encontrou alternativas para pensar globalmente e agir localmente, sonhando com a melhoria das condições naturais, bem como da promoção social dos sujeitos, os estudantes também poderiam fazer a sua parte. Os educadores estabeleceram contato com o líder comunitário, que foi até a escola conversar diretamente com as crianças. Explicou que começaram a trocar a moeda solidária por materiais recicláveis, entre eles o óleo. No próprio bairro, alguns estabelecimentos se credenciaram ao projeto e trocavam a moeda “Verde” por alimentos. O que antes era apenas lixo descartado inadequadamente, passou a ser fonte de subsistência para muitas famílias. Os materiais recolhidos são vendidos para empresas de reciclagem, abastecendo, assim, o supermercado do Banco Verde Vida, que possibilita mais trocas de moeda “Verde” por alimento. O óleo é reciclado na própria comunidade e transformado em sabão ecológico, que é vendido. Nossa escola, então, se comprometeu a participar dessa ação, recolhendo óleo usado, que será doado para o Banco Verde Vida e implantamos o posto de coleta de óleo na escola.
As crianças envolveram as família e condomínios, organizaram palestras e envolveram todo o segmento escolar em uma ação transformadora de realidades com o slogan "Coletando sonhos e reciclando vidas”. Este projeto teve sentido profundo na vida dos alunos que, com o apoio pedagógico e norteador proporcionado pelo Edukatu, transformaram suas atitudes e hábitos diários.