Seis professores, três no Estado de Alagoas e outros três da cidade de Salvador (BA) receberam a notícia de que foram vencedores do desafio “A Natureza das Coisas” do Edukatu - Rede de Aprendizagem para o Consumo Consciente, promovido pelo Instituto Akatu, em parceria com a Braskem. Porém, não foram só eles que ganharam: o desafio mobilizou 159 professores e 1.710 alunos inscritos, além da sensibilizar 1.288 pessoas das comunidades das escolas.
O desafio incentivou professores do ensino fundamental de escolas públicas e privadas dessas regiões a desenvolverem projetos relacionados às temáticas de consumo consciente, sustentabilidade e ciclo de vida dos produtos, e colocá-los em prática por meio de um dos percursos do Circuito Natureza do Edukatu. Com o apoio da Aoka Tours, o primeiro colocado de cada região recebeu uma viagem com acompanhante para Inhotim (MG), sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil. Os professores poderão interagir com a cultura de outra região do País, especialmente por meio do contato com a arte, inspirar-se com novas vivências e projetos e ainda contribuir com o desenvolvimento sustentável da cidade.
A escola de cada professor vencedor do primeiro lugar recebe também uma oficina lúdica sobre temáticas relacionadas a consumo consciente, a ser realizada pela equipe do Edukatu com todos os alunos. Já os professores classificados como segundo e terceiro lugares recebem um tablet e um kit de materiais didáticos, respectivamente.
Destinação adequada do lixo, escassez da água e uso de tecnologias foram temas dos projetos de Salvador
Em Salvador, Alexinaldo Lima Santos foi contemplado com o primeiro lugar no desafio pelo trabalho realizado com seus alunos na equipe “Consumo consciente, descarte eficiente”. O professor da Rede Sesi Bahia, unidade Itapagipe, conta que o projeto surgiu principalmente da necessidade de orientar quanto à destinação adequada dos resíduos sólidos secos e das sobras orgânicas. Para o professor, o desafio foi enriquecedor. “Achei empolgante e bastante dinâmica nossa participação. Nossos educandos relataram a satisfação em serem protagonistas desse desafio. Muitos foram transformados em disseminadores do projeto, levando-o para educandos menores”, comemora.
O segundo lugar da cidade foi para o professor Robson Nunes Oliveira, do Sesi Retiro. Com o debate sobre a escassez de água, na equipe “Amiga água”, os alunos criaram e distribuíram panfletos, desenhos e cartazes informativos e ainda organizaram palestras dentro da própria escola. Já a professora Ana Carla Dávila, da Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos, levou o terceiro lugar com as equipes “Copa dos Anjos” e “Tecnologia e sustentabilidade: parceria saudável”. Entre as atividades do grupo estavam uma feira de troca e uma gincana para recolher o lixo que não estava no lixo.
Em Alagoas, equipes aprenderam sobre escassez da água, integração da escola com a comunidade e produção agrícola
O primeiro lugar de Alagoas foi para a professora Maria Walkíria Cardoso, do Colégio Cristo Rei, do município de Maceió. O projeto da equipe “Um olhar midiático para a questão da água” divulgou sugestões de utilização das mídias para ajudar professores e interessados no tema água a se conscientizarem sobre a importância da preservação do recurso. A professora comenta que tem a intenção de continuar com o projeto em 2015, mas com uma seleção de atividades para cada turma. Dessa forma pretende aproveitar melhor os interesses e o tempo de cada aluno.
A professora responsável pela equipe “Projeto vida e sustentabilidade”, Maria Denair dos Santos, ficou em segundo lugar na seleção de Alagoas. A educadora da Escola Municipal Maria Iraci Teófilo de Castro, de Taquarana, conta que o projeto resgatou valores que orientam as relações entre educandos, comunidade e meio ambiente. O terceiro lugar do desafio discutiu formas mais equilibradas de produção agrícola e alternativas para tornar o ambiente e o cotidiano da escola mais sustentáveis. A professora Rosiete Josefa da Silva Santos coordenou a equipe “Um novo olhar sobre a Terra”, formada por diferentes séries da Escola Municipal Barão do Rio Branco, também em Taquarana. Os estudantes realizaram as atividades vencendo as limitações estruturais da sala de informática e de acesso à internet formando grupos, pois não havia computadores para todos.