Com a ideia de trocar informações e discutir projetos de educação ambiental, Carmem Silvia de Andrade Corrêa, professora de geografia e coordenadora da COM-vida (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) da E.E.E.F.M. (Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio) Murilo Braga, de Porto Velho (RO), viajou até Belém (PA) com mais uma professora e uma aluna universitária para participar do VIII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental. Lá também estavam outros tantos professores, educadores, estudantes pesquisadores, entre outros profissionais, que levaram a sustentabilidade para sua área de atuação.
Carmem participou todos os dias das atividades e deu preferência para as que envolviam temas que ela não conhecia tanto. “Participei de tudo o que consegui! Entre as atividades, fui para uma vivência com redes ambientais de diversas regiões do País e ainda a uma palestra sobre a criação de uma fundação de apoio a projetos ambientais”, conta animada.
Foi a primeira vez que o evento aconteceu na região amazônica. E contou por dois dias com o curso do Edukatu: “Educar para o Consumo Consciente – TICs e aprendizagem em redes para estilos mais sustentáveis de vida". Para Carmem, é fundamental ter esta discussão dentro do fórum. “Sem as tecnologias de informação, não conseguiria fazer meu trabalho de uma forma tão bacana. Hoje, os alunos saem a campo, para conversar com a comunidade sempre com alguma tecnologia em mãos”.
Os aparelhos, da própria escola, são disponibilizados para todos os alunos e envolvem todas as atividades propostas pelo projeto. “Eles saem para o trabalho de campo com celular, tablet e câmera fotográfica. Alguns deles ganhamos do Edukatu, quando vencemos o desafio ‘“De Onde Vêm as Coisas?’”. Com isso, eles relatam os problemas que encontram. Um grupo, por exemplo, fotografou uma área que possuía lixo eletrônico, trouxe as fotos para a gente pensar juntos como resolver aquilo. E, assim, chegamos numa solução. Tudo funciona desta forma”, comemora a professora.
Quem esteve no curso do Edukatu, também pode realizar parte das atividades dos “Circuitos”, propostas também às equipes escolares partipantes da Rede, e teve mais informações sobre o projeto, que já possui um ano e quatro meses de existência com muitos professores usando-o integralmente.
“Encontros como esse são oportunidades de vivenciar na prática o potencial de aprendizagem das atividades propostas on-line pelo Edukatu. Foi uma experiência rica, de muita troca de conhecimento com educadores de todo o país”, destaca Denise Conselheiro, coordenadora do Edukatu.
Educação a partir da realidade
“Este é o caminho da transformação e da melhoria da educação. Hoje, uso todo o material que tem no site do Edukatu. A linguagem da rede faz o aluno aprender. É muito próxima da realidade deles. E assim que deve ser!”, completa Carmem.
Essa ideia sobre esta educação tão próxima é o ideal para a professora. Desde quando se formou, 17 anos atrás, procurava atividades voltadas para educação ambiental na escola que lecionava, no Amapá. “Sempre que podia inseria algo em sala de aula, mas sentia uma grande necessidade de levar isso para fora da escola. Trabalho de campo mesmo! Depois que consegui isso, meu sonho mesmo era envolver toda a escola”.
Quando chegou a Rondônia, no ano seguinte, a professora começou a perceber os problemas ambientais da escola e colocou em prática o que sempre quis fazer. “Da sala de aula fomos para o trabalho de campo, para as casas até chegar na comunidade, que hoje vem até a escola pedir nossa ajuda para resolver os problemas do bairro”, comemora a realização do sonho.
Encontrar com Carmem e saber pessoalmente sobre suas experiências com o Edukatu é fácil. Ela costuma participar de fóruns e eventos por todo o País quando o tema envolve educação ambiental, sustentabilidade e consumo consciente. “Sempre mando artigos para estes eventos e sempre aprovam! Chegando lá, muitas pessoas já conhecem nosso projeto. O que me deixa muito feliz! E não deixo de dar a dica para os professores que conheço nestes eventos: 'Usem o Edukatu!' Além disso, é muito importante trocarmos informações entre a gente e continuar esta comunicação. E isso costuma acontecer, por e-mail e dentro do próprio Edukatu”.