Não deixe que os seus temperos sejam esquecidos na dispensa e estraguem; confira as dicas para fazer com que durem ao máximo
Crédito da foto: Eduardo Maida/Creative Commons
Cozinhar em casa evita gastos extras com delivery ou restaurantes, além de permitir dar seu próprio toque à comida. O que seria dos pratos sem os temperos que potencializam seu sabor? Quem cozinha sabe que manter uma prateleira variada de ervas, óleos e azeites é garantia de ganhar elogios. Mas quantos desses “pozinhos” não acabam esquecidos na dispensa ou terminam por estragar antes mesmo do prazo de validade? Isso também é desperdício! Por isso o Instituto Akatu pediu para o chef Adipe Neto dar algumas dicas de como melhor manter os condimentos na sua cozinha. Cada tipo merece um cuidado especial.
Temperos secos e especiarias:
Mantenha-os em potes de vidro bem vedados e não se esqueça de etiquetar tudo com o nome e os prazos de validade. E não precisa sair correndo e comprar um estoque desses recipientes. Guarde e lave bem potes de papinha para bebês, de requeijão ou de geleia. Eles são perfeitos para essa finalidade. O cuidado é apenas o de reservá-los para guardar sempre o mesmo tipo de tempero. “Ficar trocando todo o tempo vai misturar os sabores e aromas”, ensina o chef. Em seguida, basta mantê-los longe de umidade (nada de geladeira!) e do fogão. O ideal é um lugar arejado.
Temperos frescos e ervas:
“A maior parte das pessoas usa a geladeira para conservar os temperos frescos”, comenta Adipe Neto. “Mas o que poucos sabem é que o freezer pode ser um método poderoso para armazená-los.” E outra dica valiosa: congele as ervas em óleo. Assim você reduz o escurecimento e evita que elas “queimem” muito rápido. Este método de preservação funciona bem para ervas como o alecrim, a sálvia, o tomilho e o orégano. Mas evite-os para conservar folhas como hortelã e manjericão e o limão verbena. “Eles não respondem bem a esse tipo de preservação, pois seu sabor fresco é alterado em temperaturas muito baixas.”
Sal refinado:
A melhor forma de armazenar esse tempero é mantendo-o sempre em ambiente seco. Ou seja, abandone o hábito de guardar o sal na geladeira – a umidade pode comprometer a qualidade do produto. A dica do chef é, antes de armazenar, despejar todo o pacote em uma forma e levar ao forno para que ele seja levemente torrado. Após esse processo, o produto deve ser armazenado em um pote bem fechado.
Óleos e azeites:
Quanto mais “jovem” o azeite ou óleo forem, melhor para o consumo. Muitas de suas propriedades são termo e fotossensíveis – ou seja, oxidam na presença do calor e da luz. “É importante não deixá-los próximo ao fogão quando for cozinhar, a fim de evitar que eles aqueçam e percam suas propriedades”, recomenda Neto. E atenção também na escolha das embalagens: prefira as de vidro mais escuro, que evitam a passagem de luz e preserva os compostos.
Pimentas:
No caso das pimentas em molho ou conserva, verifique cuidadosamente a borda superior dos recipientes, certificando-se de que não exista nenhuma lasca ou quebra aparente. Analise também a parte interna da tampa, evitando utilizá-la caso existam rupturas ou danos à rosca interna. Dessa maneira você garante que sua conserva será fechada a vácuo, garantindo a validade pelo maior período possível. Para pimentas em natura e frescas, basta conservar longe do calor, da luz e da umidade. O ideal é mantê-las em ambientes arejados, como fazemos com as frutas.
Etiquetagem:
Opte pela fita crepe, mais fácil de ser trocada quando necessário, e cole as etiquetas no fundo dos potes. Dessa forma, os recipientes ficam mais bonitos e podem ficar à mostra na cozinha. Exibir seu arsenal de sabores e aromas também possibilita saber o que você ainda tem e o que precisa de fato ser reposto.