Foto: Luciana Serra
Competências para o século 21, aprendizagem por projetos, sustentabilidade e tecnologia foram alguns dos temas abordados no Transformar 2017. Em sua quarta edição, o principal evento de inovação na educação no Brasil aconteceu na terça-feira, 4 de abril, em São Paulo e recebeu palestrantes do mundo inteiro.
Cerca de 800 participantes, entre educadores, empreendedores, representantes do poder público, líderes da sociedade civil e imprensa passaram pelo evento, organizado pelo Instituto Inspirare/Porvir, Fundação Lemann e Instituto Península, com apoio do Futura.
A conferência de abertura foi marcada pelo protagonismo juvenil: pela primeira vez, cinco jovens de diferentes regiões do país estiveram no palco e falaram o que pensam sobre a escola enquanto apresentavam dados da pesquisa Nossa Escola em Re-construção, realizada pelo Porvir.
Foto: Luciana Serra
O palco “Escolas sustentáveis que educam para a sustentabilidade” apresentou a Green School, que fica em Bali, na Indonésia. Nicola Unite, professora de inglês, teatro e yoga, veio diretamente de lá para explicar os conceitos trabalhados no local, construído inteiramente com bambus, com iluminação natural, praticamente sem paredes e estruturado com tecnologia para otimizar o uso de recursos naturais.
O trabalho desenvolvido na Green School é tão inovador que atrai famílias do mundo inteiro interessadas em matricular seus filhos. Baseada em respeito, o conceito da escola visa instruir crianças e adolescentes para temas como sustentabilidade e justiça social, do ensino infantil ao ensino médio. “Formamos líderes ecológicos alegres com a missão de mudar o mundo”, disse a professora.
Mesmo com ênfase na vivência coletiva, a escola trabalha o desenvolvimento de competências também por meio de projetos individuais. Os conteúdos ensinados são baseados em três eixos: o temático, que traz base científica para análise de diferentes temas; a proficiência, relacionada ao ensino tradicional; e o experiencial, no qual estimulam a criatividade para que alunos pensem em soluções para questões do mundo real.
Foto: Luciana Serra
Além disso, a Green School trabalha com Mindfulness, meditação que desenvolve a energia plena. Três vezes por dia, um gongo soa na escola e todos os alunos e professores param para respirar fundo e se concentrarem no momento presente, a fim de melhorar a concentração e o autoconhecimento.
Esses e outros projetos da escola da Indonésia tornam a educação mais atraente e divertida. A conexão com a comunidade e com a natureza também desenvolve competências socioemocionais. “Os alunos da Green School têm habilidades sociais muito fortes”, afirmou Nicola.
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