Crédito: Julien Eichinger/Fotolia.com

Por Anna Skwarek e Jakub Piwnik

Tecnologia, mídias sociais e plataformas educacionais on-line estão remodelando as escolas, as aulas, a lição de casa e a aprendizagem em si. A influência sobre a educação é forte e irrevogável, e o dia-a-dia dos professores e alunos está mudando rapidamente e para sempre. O comboio já tinha partido e agora são as plataformas de social learning (aprendizagem colaborativa) que oferecem uma viagem de primeira classe para a educação de nova geração.

O que faz social learning ser social?

Já faz algum tempo que os alunos descobriram as maravilhas da Internet. Os professores continuam lutando contra cópia e cola dos artigos da Wikipedia e das redações do Yahoo! Respostas. Por outro lado, os alunos mantém contato com seus educadores através de blogs e adoram videoaulas no YouTube que explicam os complexos problemas matemáticos. A conclusão, não propriamente chocante, é que se existe alguma dúvida ou problema, a solução muito provavelmente se encontra on-line.<br) O desafio nesse enorme banco de dados é descobrir um lugar que não só satisfaça as necessidades comuns dos alunos, mas também garanta a qualidade do conteúdo encontrado e a fonte educacional dele. Um lugar que una os alunos, os professores e todos os entusiastas da educação e proporcione um ambiente onde eles podem, livremente, compartilhar seu conhecimento e habilidades. Graças à gamificação disponível em muitas redes (por exemplo Khan Academy), os alunos podem estudar e resolver exercícios enquanto ganham emblemas, competem uns com os outros e são reconhecidos pela comunidade pelo bom trabalho que fazem.

A chave é uma comunidade ativa e engajada, uma multidão (crowd) que adiciona esse fator social à aprendizagem e cria… social learning.

Benefícios

1. Eficácia através da conversa assíncrona

Novas tecnologias fazem com que o processo de aprendizagem se torne mais diversificado. Os alunos já não precisam adquirir conhecimento enquanto estão sentados em uma sala de aula. Redes sociais e digital learning fazem com que os métodos de aprendizagem se reinventem e os alunos fiquem sem limites em termos de lugar e hora em que podem estudar.

Graças a esses novos ambientes de estudo, eles podem se engajar em discussões sobre soluções de matemática (onde muitas vezes não existe apenas uma maneira de chegar à solução), discutir exercícios de química ou física ou debater alguns acontecimentos históricos com os alunos de todo o país, conhecendo novos pontos de vista e… novos amigos. Isso pode – e está acontecendo – mesmo quando a interação é assíncrona.

2. Confiança através da colaboração com os colegas

Muitos estudantes simplesmente gostam de ajudar os seus colegas com as dúvidas escolares. Alguns sacrificam o seu tempo livre para explicar matérias difíceis a outras pessoas porque sabem que dessa forma memorizam melhor o material e ao mesmo tempo sentem satisfação pessoal. Ensinando os colegas, usuários podem adquirir novas habilidades e melhorar sua autoestima.

É importante se lembrar que alunos em geral gostam mais de ser ensinados por alguém que é igual a eles e que não olha para eles de cima para baixo. Uma coisa interessante acontece quando vários usuários colaboram juntos para resolver um problema. Nesse tipo de plataformas, graças às funcionalidades desenhadas especialmente para a comunidade, eles podem livremente trocar comentários e estudar em grupo de amigos com os quais compartilham os mesmos objetivos.

3. Conteúdo de qualidade através do crowdsourcing

Outro benefício que o digital learning oferece é a possibilidade de navegar numa lista de perguntas filtradas segundo a matéria, grau de escolaridade, fonte, plataforma (Khan Academy, Brainly, Open Study) ou até temas ou criador (canais do YouTube). O acesso é muitas vezes totalmente gratuito e isso faz com que as crianças de famílias mais pobres não precisem pagar pelas explicações – em vez disso, acessam do seu celular ou computador e tiram suas dúvidas imediatamente.

A utilização de tags e filtros faz com que os melhores recursos são mais visíveis e ao mesmo tempo imediatamente disponíveis para os alunos. Isso é extremamente útil também para as pessoas que não sabem onde procurar informações de boa qualidade, estão com falta de tempo ou por causa de largura de barramento limitada não conseguem buscar informações como um profissional.

Professores, façam sua lição de casa

Hoje em dia, todas as ferramentas podem ser utilizadas de uma forma positiva ou negativa. No caso de recursos educacionais a história é a mesma: como eles são usados depende muito dos próprios usuários. Mesmo que uma parte de alunos queira se aproveitar das redes de estudo apenas para completar sua lição de casa, há outro grupo de alunos que é muito mais ambicioso do que isso. São eles que usam sua criatividade e interagem com os alunos de todo o país para obter os melhores resultados na escola e o maior conhecimento possível.

As ferramentas on-line e os social apps se desenvolvem muito rápido e era uma questão de tempo até que os alunos usassem esses sistemas para fins educativos. Não dá para voltar para trás. Nem todas as novas soluções devem ser consideradas más ou perigosas só porque há alunos que se interessam muito mais por entregar o trabalho do que investir no seu conhecimento de verdade.

Uma coisa é certa: independentemente das preferências pessoais dos professores, medos e preconceitos, eles precisam ou seguir essa tendência, ou então liderá-la para não perder a vista de como é reformulado o processo de aprendizagem nesta incrível época digital.


Fonte: Porvir

Sobre os autores do texto: Anna Skwarek e Jakub Piwnik são membros da equipe do Brainly. O site é um espaço onde alunos de todo o Brasil podem, de maneira divertida e em tempo real, estudar juntos e compartilhar conhecimento enquanto mais de 40 moderadores (professores, pais e estudantes) asseguram a qualidade desse trabalho em grupo. O Brainly junta as funções de rede social com gamificação, criando uma comunidade engajadora onde alunos aprendem uns com os outros em um ambiente interativo e motivador. Em todo mundo, o Brainly já é visitado por mais de 25 milhões de alunos por mês.

Publicado por Luciana Vilas Boas
das Equipes 100% do alimento

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