Em minha primeira postagem, gostaria de trazer algo que me inspira a dar continuidade ao ofício de educador ambiental, um trecho do famoso documentário "A História das Coisas."

Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, as grandes corporações estudavam mecanismos para impulsionar a economia. O analista de vendas, Victor Leboux articulou a solução que se tornaria a norma de todo o sistema. Ele disse:

"A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo a nossa forma de vida, que tornemos a compra e uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo... Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior. (Victor Leboux - Economista norte-americano, década de 50)"

Não sei você, leitor, mas estas palavras me deixaram profundamente inquieto, um misto de indignação, raiva um eco interno que se perguntava: Será que é realmente isso? Somos uma gigantesca nuvem de gafanhotos que passará e deixará seu vestígio de destruição?

E a resposta foi esta, NÃO, enquanto seres humanos somos o que quisermos ser, podemos nos construir e desconstruir de modo a experienciar outros modelos de vida e sociedade que não aqueles pautados na produção, consumo e descarte de bens e serviços... Afinal de contas, não somos descartáveis.

E a partir desta crença, a fé na humanidade, que devoto a vida a trocar saberes, afinal... Ensinar é pouco, bem melhor é construir junto conhecimento, edificar fazeres e ao fazê-lo se constituir pessoa, cidadão, nós enquanto (a)gentes de transformação pessoal e coletiva da realidade.

Sejam todos bem vindos, vamos caminhar???